This is Us [Review]
Drama, drama e mais drama.
This is Us é uma série norte americana exibido pela NBC e criada por Dan Fogetman. Atualmente ela conta com 2 temporadas e 36 episódios com 46 minutos cada. Ainda em produção a terceira temporada está marcada para estrear dia 25 de setembro de 2018.
This is Us conta a história e os dramas da família Pearson, onde dentro dos episódios é intercalado a história que acontece no presente e no passado. No presente nos é contato as histórias dos três irmãos gêmeos: Kevin Pearson (Justin Heartley) um ator de uma famosa série de comédia que busca sair do mainstream para o mundo artístico; Kate Pearson (Chrissy Metz), uma mulher obesa que está enfrentando problemas com seu peso; e Randall Pearson (Sterling K. Brown) o filho que foi adotado e agora busca pela sua origem biológica. Enquanto as histórias do passado giram em torno dos pais, Jack (Milo Ventimiglia) e Rebecca (Mandy Moore) Pearson, contando o relacionamento deles e como foi criar três filhos ao mesmo tempo.
Já devo ter falado em algum lugar que é mais fácil tornar interessante uma história que tem uma diegese (construção do universo) fora do comum, afinal é bem mais divertido acompanhar exploradores descobrindo uma nova terra do que acompanhar o dia-a-dia de uma família. Por isso criar dramas que se passam no nosso mundo comum requerem cuidados aos detalhes e posso dizer que This is Us é um exemplo de como fazer um drama familiar em um entretenimento de boa qualidade.
Se procurarmos no dicionário o significado da palavra “drama” encontramos significados como: representação da vida comum, narrativa que haja atrito e acontecimentos que predomina conflitos de emoções. Sendo essa a estrutura de This is Us. A série a todo o momento apresenta um conflito interno ou externo dos personagens que faz com que aflore emoções no espectador, ao mesmo tempo que ela dá uma válvula de escape ao representar a história de uma família feliz. Uma dinâmica que só é possível com as idas e vindas das histórias do passado, normalmente oferecendo os alívios emocionais, com o do presente, que traz os conflitos.
Um jogo entre as linhas temporais bem executado pela montagem, e roteiro, ligando os problemas dos atuais trigêmeos as suas infâncias e adolescências. Um quebra-cabeça que é montado aos poucos, onde cada peça é única e independente, mas ao mesmo tempo faz parte de um todo bem maior e revelador.
Emoções e tempos que são trabalhados na fotografia. Enquanto o presente tem uma fotografia mais fria e azulada, o passado se mostra com cores e luzes quente e confortáveis. Enaltecendo a vida anterior e sendo muito reconfortante para quem cresceu nos anos 80 e 90. Com atuações a altura dos conflitos e problemas que a família Pearson passou e passa.
Porque This is Us é uma série, acima de tudo, sobre família, de pessoas que vivem juntas e como essa conivência traz segurança, mas ao mesmo tempo atrito.
No enteando, quem carrega um drama de cotidiano são os personagens e em This is Us um único personagem parece carregar a série. Jack, o pai e o centro da trama virou uma faca de dois gumes, ele é provavelmente o personagem favorito de todos, mas a perfeição dele ofusca os outros personagens, principalmente a sua esposa. Sei que essa perfeição foi trabalhada para que o acontecimento da segunda temporada tenha mais impacto, mas agora que aconteceu, é importante a série trabalhar a independência do Jack Pearson, porque é isso que os próprios personagens precisão.
Outros detalhes negativos que me chamaram a atenção são: na primeira temporada, onde parece que dramas foram adicionados a história só por adicionar, sem contexto ou real significado; e usar maquiagem para envelhecer os atores, ao invés de contratar atores com idade apropriada, eles só ficaram caricatos e tiram a seriedade da série.
No geral This is Us não é uma série para se assistir no intuído de aliviar o estresse do dia, mas ao mesmo tempo é.
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