A Amante [Crítica]

ESTRÉIA AMANHÃ, dia 31 de Maio, pessoal!


Sinopse: Hedi é um rapaz de 25 anos cuja vida está sendo traçada pela mãe super protetora. Apático e acomodado, ele trabalha em uma concessionária de carros e está prestes a se casar com uma moça escolhida pela família. Mas, ao ser escalado para uma viagem de trabalho, ele se apaixona pela funcionária de um resort, uma jovem de espírito livre, e isso irá estremecer o planejado futuro que o espera.

Crítica por Reinaldo Barros: Hedi é um jovem adulto com uma vida medíocre, pessoal e profissionalmente, assim como muitos daqueles que apenas seguiram o caminho que lhes foi apontado, sem nunca ter decidido ou realizado algo. Quando menciono medíocre não é no tom de desprezo, que geralmente é associado, mas sim a conotação de mediano, de comum e é exatamente assim a vida desse protagonista, uma vida comum.

Talvez você possa se perguntar que graça teria em assistir um filme a respeito de um cidadão comum. A graça está na reflexão trazida a respeito das relações humanas, mais precisamente nas relações familiares e pessoais. Nesse drama temos Hedi (Majd Mastoura), um jovem de 25 anos, funcionário de uma concessionária, morando com uma mãe controladora, que escolheu a própria nora. Apático ele não contesta nada, mesmo não estando feliz com a situação em que se encontra, simplesmente vive um dia após o outro, no trabalho e em casa. Contudo, algumas mudanças surgem após ser enviado a trabalho para uma outra cidade. E como não sou de estragar surpresas vou deixar você descobrir quais são.


Voltando a tal da graça, esse é um filme que vale a pena ser assistido para aprendermos um pouco mais de uma realidade peculiar, de um país dividido entre tradição e modernidade. O filme se passa na Tunísia democrática, com espaço para famílias imensas, ligadas pelo casamento de seus membros e também para mulheres livres, que não se casaram e trabalham naquilo que decidiram. Apesar de ser comum no mundo árabe, o drama de Heidi pode se repetir tanto no ocidente quanto no oriente, seja tradicional ou moderno. Por isso é importante assistir despido de qualquer preconceito ou moralismo e buscar entender essa árdua realidade de quem sempre foi impedido de caminhar com as próprias pernas.

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