Vice [Crítica]

E hoje temos um senhor filme aqui! Com 7 indicações ao Oscar, Vice chega criticando com bom humor política estadunidense e seus principais personagens, bem como têm feito Adnet e companhia com o Tv Na Tv e o agora reformulado Zorra Total.


Crítica por Reinaldo Barros:
Voltando ao que interessa, vamos falar de Vice! Talvez você não saiba exatamente do que se trata, mas aposto que ficou sabendo do agradecimento de Christian Bale à igreja satanista, ou para os mais íntimos, tio Lulu. Ele estava brincando e nós também, beleza? Vice rendeu um Globo de Ouro a Bale por dar vida a Dick Cheney, o vice-presidente mais poderoso da história dos Estados Unidos. Nessa mesma produção sua colega Amy Adams (Lynne) e Sam Rockwell (George W. Bush) foram indicados na categoria de melhor ator e atriz coadjuvante. O diretor e roteirista Adam McKay, que ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 20016 com A Grande Aposta também foi indicado. No Critics Choice Awards o filme recebeu 8 indicações.

Ficou tão perfeito que eu pensei: Ué? Como assim o Bush está atuando?
E por que conhecer o passado de um decorativo estadunidense? Então, Dick Cheney foi um pouquinho mais que isso e se tornou responsável por decisões que impactaram a política global e o deixaram mais afastado da pobreza. Cheney é um sujeito reservado, de poucas palavras e de popularidade não tão elevada, contudo uma capacidade incrível de manobrar pessoas. O incrível aqui é o fato dele não ter poderes, talvez por isso tenham escolhido o Batman para esse papel. Dick Cheney não tem o mesmo carisma, tampouco as mesmas habilidades dos políticos mais emblemáticos da história, no entanto possui conhecimento visceral da política estadunidense. Por conta disso se tornou altamente influente e cobiçado por seus pares, além de adquirir prestígio e poder no setor privado. Lembram de alguém assim por aqui?

A atuação de Christian Bale está irrepreensível e nos envolve desde o começo, quando o político ainda era apenas um lacaio recém convertido aos bons costumes da família tradicional até se revelar um sujeito egoísta e ganancioso. O homem Dick Cheney surge aos poucos, vai sendo moldado ao longo dos anos por Lynne (Amy Adams) e Donald Rumsfeld (Steve Carell), o mentor do jovem Dick. Esses dois são a base de toda a motivação e conhecimento do Cheney, pois um o reergueu e o outro deu condições para que se mantivesse nesse novo patamar. Enquanto “Don” conduz o protagonista, nós somos conduzidos por Kurt (Jesse Plemons) o personagem-roteiro, responsável por fazer com que entendamos as “pontas soltas” antes e depois dos flashbacks, relacionando com outros fatos para além da trama principal. Reparem nas versões dele, cada hora ele representa um segmento da sociedade.


Antes de terminar seria imprudente eu não avisar, mas assista esse filme com cautela, isso porque nem tudo é realidade. Trata-se de uma crítica e eles misturam ficção e verdade, fatos e teorias a respeito de um homem que se tornou emblemático devido a sua trajetória e impacto dentro e fora dos EUA.

A princípio Dick Cheney pode parecer um homem simples, com um único objetivo de vida, porém todo o seu entorno não tem nada de simplório. Aqui o meio possibilita a um homem, um ex-alcoólatra se tornar alguém responsável, alguém que pensa no bem-estar das filhas e da esposa acima de tudo, um típico homem tradicional. Ao mesmo tempo se torna um típico político, ganancioso, controlador e corrupto, mas para a sociedade é um exemplo dos bons costumes. O homem corrompe o meio ou o meio corrompe o homem?

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