Jogador Número 1 [Crítica]


Nesse novo longa de Steven Spielberg embarcaremos mais uma vez para o futuro, dessa vez para uma sociedade distópica e atual. A princípio pode parecer confuso por conta do login e logout do protagonista, mas logo você se acostuma com essa alternância entre real e virtual.

O filme se baseia no livro homônimo de Ernest Cline, escritor e amante da cultura pop, e traz inúmeras referências do universo nerd durante todo o filme. Não é necessário um estudo prévio antes de assistir, a adaptação foi muito bem-feita e não exclui ninguém! As referências estão presentes nos detalhes para serem apreciadas sem prejuízo ao conteúdo principal.

Falando em conteúdo... A história se passa numa época não muito distante na qual as pessoas têm como passatempo um jogo de realidade virtual, entretanto não se trata exclusivamente de uma diversão e sim uma fuga da realidade, pois essa é dura e implacável com a maior parte da sociedade mergulhada na miséria, porém com internet IMPECÁVEL! Viver fora do Oasis (Nome do universo virtual) é praticamente insuportável tanto para jovens, quanto para crianças e adultos de mais idade, temos aí a relação de dependência presente em diversas sociedades atuais.

Watts/Parzival (Tye Sheridan) acessando o jogo Oasis
Jogador Número 1 é um “arcade” que começa com o jovem Wade Watts/Parzival (Tye Sheridan) em mais uma tentativa de encontrar um easter egg (Uma espécie de recompensa rara) e evoluir no jogo bem como seus amigos virtuais. A busca por essa recompensa vai além de uma simples conquista pessoal para os jogadores, essa recompensa possibilitará o total domínio do jogo e trará conquistas fora dele também. A aventura começa a esquentar quando a admiração rapidamente se transforma em paixão e a busca ganha um tom mais ideológico, agora é necessário vencer o mal para garantir um futuro democrático para a plataforma virtual.

Uma das coisas mais incríveis nesse filme são TODAS as referências contidas nele, não somente as dos filmes, livros, músicas, jogos, mas também as referências ao que estamos vivendo hoje no Brasil e nesse mundo cada dia mais conservador e retrógrado. Viver fora da realidade e se isolar numa bolha com seus pares pode parecer um sonho para muitos, no entanto é apenas uma fuga e não muda nada, pelo contrário só agrava o caos. É justamente essa crítica o brigadeiro no topo do bolo (Não curto cereja), é o que faz dele um filme redondo, capaz de entreter e levar à reflexão falando sobre política e comportamento.

Um comentário:

  1. Não sigo muito este tipo de gêneros, mas adorei este filme! Christopher Nolan como sempre nos deixa um trabalho de excelente qualidade, sem dúvida é um dos melhores diretores que existem, a maneira em que consegue transmitir tantas emoções com um filme ao espectador é maravilhoso. Dunkirk é um filme com un roteiro maravilhoso. É um filme sobre esforços, sobre como a sobrevivência é uma guerra diária, inglória e sem nenhuma arma. Acho que é um dos melhores Christopher Nolan filmes é uma produção que vale a pena do principio ao fim. É um exemplo de filme que serve bem para demonstrar o poder do cinema em contar uma história através de sons e imagens, que é, diga-se de passagem, a principal característica da sétima arte.

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