A Vilã [Crítica]


Crítica do filme sul-coreano A Vilã (Ak-Nyeo) 



Essa daqui é a minha primeira publicação e antes de mais nada eu gostaria de agradecer a Juliana Körner que tem alimentado o blogue sozinha durante a minha ausência. Sem ela, muito provavelmente o Lente Nerd ainda não teria nascido. Muito obrigado mesmo! Quanto a minha ausência, essa é uma questão pessoal que caminha para o fim, e que não pretendo deixar crescer novamente e retomar as proporções atingidas.
Agora vamos ao que interessa, vamos ao filme!
Com duas horas de duração esse longa não vai te deixar piscar durante o início e no final. A parte do meio dá uma acalmada, mas não se engane, é só um fôlego para o desfecho. Aqui é importante prestar muita atenção para conseguir montar um confuso quebra-cabeça. Particularmente eu gostei bastante, no entanto sei que pode gerar um desconforto por conta de uma peça ou outra diferente. A explicação é dada, com alguns furos é verdade, entretanto, isso a meu ver gera uma possibilidade de continuidade.
         A Vilã é um filme de ação sul-coreano dirigido por Jung Byung-Gil e estrelado por um elenco colecionador de prêmios no cinema asiático. Se destacam Kim Ok-Bin (Sook-Hee), Shin Ha-Kyun (Joong-Sang) e Sung Joon (Hyun-Soo). Apesar do título em português ser bem sugestivo não se engane, não se trata de uma moça má maltratando inocentes. Em inglês o título é The Villainess, a palavra é um neologismo que explica bem melhor. Poderia ser outro? Poderia, contudo, infelizmente não entendo nada de coreano e não sei te dizer se Vingança ou Vingadora expressaria a ideia original.


         Sook-Hee é uma excelente assassina profissional de uma organização misteriosa e só deseja paz e sossego após um longo período de dedicação. Porém a jovem sofre do mesmo problema de um tal de Jon Snow, e acaba sendo manipulada por amigos, inimigos e colegas de trabalho. Inocente? Aí que o Sr. Washington se engana, desde a infância Sook-Hee já não sabia mais o significado dessa palavra.
         O filme tem tiro, porrada e muito sangue em grande estilo. Com a câmera em primeira pessoa a protagonista apresenta seu cartão de visitas logo no começo para um prédio cheio de “gente boa”. Se por acaso sua mão coçar naquela tentativa de apertar o botão ou fazer aquele combo que você tanto se esforçou para decorar me chama para um x1 (Ou contra, não sei como se fala hoje em dia). Brincadeira, mas é essa a sensação inicial, a de imersão em um jogo de videogame. O filme não é todo assim, a filmagem e recursos aplicados foram bem balanceados.
Outra característica, a meu ver, importante ser destacada é a respeito das cenas de luta. Essas são muito boas e aqui faz sentido o domínio da arte marcial pelos personagens que lutam, diferente das produções estadunidenses onde todo mundo luta kung-fu ou karatê sem nunca ter treinado. Não se trata daquele preconceito de que todo asiático sabe lutar, e sim de coerência e plasticidade. As lutas são bonitas de se ver, fazem sentido e são bem feitas. Uma lição para os outros polos de produção cinematográfica.

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