Kill la Kill [Review]


Há algumas semanas eu resolvi re-assistir um dos meus animes favoritos, Kill la Kill.


Kill la Kill é um anime original produzido pelo estúdio Trigger (Mesmo de Little Witch Academia) e, dirigido por Hiroyuki Imaishi (Mesmo de Gurren Lagann), teve 24 episódios transmitido nas televisões japonesas entre outubro de 2013 e março de 2014.

Após escrever a sinopse de Kill la Kill eu me preguntei: “É necessário?”. A história e o plot são importantes? Ou eles só servem ao formato? Eu imagino que esse anime foi criado com o objetivo de ser doido, insano, esclerosado e sem sentido, o qual a história e plot servem a esse objetivo. Onde, como o foco é a doideira, o que guia da série de acontecimentos não pode ser sério, tem que ser ridículo, para que a formação do anime faça sentido.

Mas se você quiser muito saber, a série segue a história de Ryuuko, uma jovem colegial que deseja achar o assassino do seu pai usando uma meia tesoura gigante e um uniforme de marinheira falante. Sim, eu avisei, é tudo em prol da bizarrice, e fica mais bizarro, só que seria spoiler contar mais.

Ok, temos a base sólida (o enredo) para construir, agora é fazer os pilares, os personagens. Personagens que, não, não fogem do objetivo (de deixar tudo doido).Carismáticos, heterogêneos, caricatos e cômicos, são definições para as figuras que fazem a história andar, cada um com a sua peculiaridade estereotipada.

A protagonista, Ryuuko Matoi, em questão de personalidade é a mais normal, só que ela não vai fugir da regra da doideira, mas isso eu deixo para você descobrir assistindo. Enquanto sua nova melhor amiga Mako, segue aquela personagem burrinha, comilona e extremamente leal. Onde do outro lado, a antagonista, Satsuki Kiryuuin, é a personificação da perfeição da autoridade e do poder. O qual as suas funções, interações, relacionamentos e tempo de tela são bem colocados, distribuídos, fazem sentido e combinam. Os pilares se conectam e fazem com que a estrutura ganhe mais corpo e resistência.


Está na hora de modelar tudo isso. A produção, o traço, a animação e o som fecham toda a doidera. Começando pelo desenho, ele não podia ser fofo, fino ou simples, ele tem que ser forte e marcante, com cores quentes, para colocar presença e emoção. A animação também não pode ser leve e fluída, ela tem que ser bruta, frenética e acelerada. Onde percebe-se que ela é feita com carinho, apesar da falta de orçamento.

E pense muito bem em como você vai ouvir esse anime, porque dá para contar nas mãos quando os personagens não estavam gritando. Vou falar, que pulmões esses dubladores têm, porque eu já perdia o folego só com a trilha marcante e esplendidamente encaixada na série.

Experiência, assistir Kill la Kill é uma experiência. 

“Mas é só isso? Ele é só uma doideira sem nenhuma mensagem?” No anime há interpretações para uma mensagem, afinal ele começa com uma aula sobre fascismo e cria um universo muito semelhante com essa política. Mas como a Ryuuko fala no final: “Não fazer sentido é o nosso negócio! ”, então, né, f*d@-se. 


Para encerra esse poste, se você procurar nas imagens do google sobre Kill la Kill você vai se depara com a imagem acima, ou imagens parecidas. Uma imagem que possa afastar algumas pessoas, principalmente o público feminino. “Quer dizer que elas lutam com essa falta de roupa? ” Sim, e se reclamar fica todo mundo pelado.

Mas poderia dizer que Kill la Kill é um bom objeto para pegar como estudo sobre sexualização. Porque nesse anime a falta de roupa faz parte da história, e como se lida com ela é o que diz se há sexualização ou não.

A animação da transformação tem planos com tear sexual, mas durante as lutas, conforme o anime passa cada vez menos você percebe que ela está semi-nua. Porque o anime naturaliza a falta de roupa, mas não para deixar excitado. Vale ressaltar que não há toque, pouca vestimenta não atrai mãos aleias. Quando há apalpação é pela vilã e com um enorme sentimento de repulsão, não cômico, como normalmente se vê nos echis (gênero de anime/mangá que bastante sexualição de personagens).

Essa falta de roupa até tem uma boa mensagem, já que a Ryuuko fica bem envergonhada de usar aquilo, de mostra o corpo, mas no final ela aceita o próprio corpo e abraça ele.

O que pode ser problematizado é o pai e o irmão da Mako, que vivem espiando a Ryuuko pelada para gerar comédia. Afinal não é engraçado viver na casa da sua amiga com o pai e irmão dela de secando. Pelo menos eles vão tirando isso conforme o anime passa.

É isso, deixo a minha recomendação, eu entendo que ele não é para todos os gostos, mas de uma chance, se possível. Ele está disponível oficialmente, e completo, na Netflix e no Crunchyroll.


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