The Fosters [Review]

Uma novela com abordagens sócias, que vale ser vista.


The Fosters é um série norte-americana que teve sua estreia no canal Freeform no dia 3 de junho de 2013, conta atualmente com cinco temporadas e um total de 72 episódios de uma hora cada, e ainda está em produção.

Foster ou fostering é um sistema temporário de adoção, ao invés das crianças ficarem em orfanatos ou abrigos elas são mandadas temporariamente para casas de famílias que as acolhem e, quem sabe, potencialmente adota-los. Foster também é o sobrenome da família que acompanhamos durante a série.

Elena (Sherri Saum) e Stef (Teri Polo) Adam-Foster são um casal que já possuem três filhos: Brandon (David Lambert), de 17 anos, filho do relacionamento anterior da Stef, e os gêmeos de 16 anos, Jesus (Jake T. Austin/Noah Centineo) e Mariana (Cierra Ramirez), adotados. A série começa quando Elena trás Callie (Maia Mitchell), uma adolescente de 17 anos e recém-saída do reformatório, para ficar alguns dias em sua casa até acharem uma “foster-family” (família temporária) para ela. Porém ela não está sozinha no sistema, seu irmão mais novo Jude (Hayden Byerly) também é trazido para mesma casa.

The Fosters decorre em volta desses 7 personagens e o drama que cada um passa individualmente e entre eles. Uma série com estrutura novelística adolescente, mas que não tem medo de abordar os assuntos mais polêmicos para uma sociedade padrão. O mais óbvio é a sexualidade, já que é protagonizado por um casal lésbico, que é naturalizado de uma forma que aquece o coração. Porém há um certo apagamento da bissexualidade, aparentemente os personagens só podem gostar ou de uma coisa ou de outra. A transsexualidade também é colocada de forma bem natural, com personagens bem encaixados e não simplesmente aparecem para abordar o tema. Mas não só sobre o universo LGBT que a série trata, questões como abordo, câncer de mama, uso de remédios, traição, uso de drogas, segunda chances e, principalmente, adoção são tratados de forma orgânica.

Os irmãos.
Pessoalmente o assunto da adoção foi o que mais me prendeu na série. Adoção é um assunto tão rico e importante, mas bem pouco discutido. E quando falado é para demonstrar a quão altruísta e bondosa é uma família ao salvar um jovem órfão. Em The Fosters isso não acontece, Elena e Stef discutem a complicação que seria adotar mais dois adolescentes e quando o fazem não é por pena. A história gira em torno do sistema, quebrado, de adoção norte-americano e em como algumas crianças são maltratadas, iludidas e descriminadas.

Porém, apesar de todo um debate rico que a série possui, ela peca em clichês e em idiotice adolescente. Como rivalidade feminina, romances desnecessários e problemáticos e adolescentes mentindo para os pais e depois se ferrando, como eu disse é uma novela.

Por ser um belo melodrama é importante ter atores que entreguem as emoções dos personagens e, na maioria, todos eles estão espetaculares. Os que não estão tão bem são: o Brandon, mas mais por causa do roteiro, e o primeiro ator do Jesus que parecia uma porta, ele ter saído foi a melhor coisa para o personagem. Mas no geral os personagens crescem bem lentamente, a Callie, por exemplo, só agora, na quinta temporada, mostra que aprendeu alguma coisa.

Por ser uma série com bastante questões sociais, as falhas de roteiro acabam não tendo tanto impacto, se você assiste séries sobre o cotidiano, provavelmente vai adorar essa série. Agora, se não é muito o seu estilo, recomendo dar uma olhada para pensar em questões que você não havia pensado, The Foster está disponível, até a quarta temporada, na Netflix.

Uma série, principalmente, com muito amor.

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